A PASSAGEIRA


"O que é real e o que é Sobrenatural? Como distinguir essa diferença em um mundo repleto de mistérios e de fenômenos fantásticos?"


O Relato abaixo mostra um desses estranhos acontecimentos!

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Eu trabalhava a tempos como taxista em Santos no litoral de São Paulo sempre como Bandeira 2, isto é no período noturno e na Zona Portuária do Cais onde havia as Casas e Boates para os embarcados nos navios que atracavam no porto de Santos.
Todos os motoristas tinham sua freguesia, isto é havia uns que trabalhavam com raça branca, Escandinavos, Noruegueses, Holandeses etc... estes preferiam sempre mulheres de raça negra.

Eu como descendente da japones, trabalhava com as raças asiticas, japonesses, coreanos e chineses.
Minhas freguesas eram normalmente de Santa Catarina e Gauchas, loiras na maioria pois japones sempre gostou e gostam de muheres loiras. No inicio da noitada o movimento era fraco pois elas começavam a chegar caminhando ou de taxi de suas moradas para trabalhar nas casas noturnas, ou irem de taxi até o cais do porto onde os navios estavam atracados.
A vida noturna é uma guerra aberta, pois elas acompanham o movimento dos navios desde o norte do Pais até o Sul.

Muitas vinham de Natal, Salvador, Vitória, Rio, Santos, Paranaguá, Porto Alegre e só entao deixavam irem sós pois iriam para os portos da Argentina, Chile etc...
Então como todos os motoristas tinham sua freguesia, conhecíamos todas as mulheres, e quando aparecia uma figura nova, diziamos "tem carne nova no pedaço".

Numa dessas noites apareceu uma garota loira, muito bonita, mas desconhecida por todos, sendo que era uma paquera geral.
Lá pelas tantas da madrugada, ela veio até o meu taxi e perguntou: "Quem é o motorista deste carro?"
Eu me adiantei e ela perguntou se eu podia levá-la para casa. Claro disse eu.
Então ela entrou no carro e disse: "Rua São Francisco no Paqueta".

Ao chegarmos ao local perguntei qual era o numero do prédio, pois conhecia de cor todos os endereços onde se hospedavam e moravam a mulheres do cais. Então ela disse: "Siga adiante".
Ao chegarmos junto ao cemitério do Paqueta ela falou pare ali.
Estacionei junto ao meio fio, ela pagou a corrida e desceu do lado esquerdo ao lado do muro do cemiterio.
Acompanhei pelo retrovisor seu caminhar, engatei e procurei por ela pelo outro tetrovisor, mas para onde foi ela?
Não apareceu do outro lado. Pus em ponto morto e desci para ver para onde ela tinha ido? Mas nâo havia ninguem!

Voltei para o Love Story e relatei o acontecido para os colegas taxistas
Quando ela apareceu de novo para ir embora nos dias seguintes, eu me esgueirei e me escondi, pois ninguem queria levá-la.
Por fim ela ia mesmo caminhando, ou sei lá como.
Esse acontecimento e tantos outros relatos semelhantes aconteceram no decorrer de meu trabalho e de outros taxistas.


Takeshi - Santos - SP - Brasil
Contato: assombracoes@gmail.com